BYD anuncia quando dará início à produção de veículos no Brasil em 2025, com fábrica em Camaçari que promete transformar o mercado de carros elétricos no país.
Após anos de importação de veículos da China, a BYD anuncia a data oficial para começar a fabricar carros no Brasil.
No dia 26 de junho de 2025, às 9h, a montadora dará o primeiro o na industrialização local, com a abertura da sua nova fábrica em Camaçari, Bahia, conforme confirmou Alexandre Baldy, presidente do Conselho de istração da BYD Brasil, durante o lançamento do Song Plus DM-i 2026.
A produção nacional marca um momento histórico para a BYD, que lidera o mercado brasileiro de veículos eletrificados e agora investe firmemente no país, criando empregos e fortalecendo a indústria local.
-
Conheça a Bayburt D915: a estrada que sobe 1,83 km na montanha, sem proteção, com curvas fatais e quedas longas, agora eleita a mais perigosa do mundo
-
Mais de 1.100 km de autonomia: uma picape com motor V8 é hoje o veículo que mais roda sem abastecer no Brasil
-
A maior estrada nacional do mundo tem 14.500 km, cruza desertos e cidades, liga todas as capitais do continente e se tornou a aventura definitiva do país
-
Essa é a usina de energia mais poderosa do mundo — não usa urânio e produz três vezes mais energia do que qualquer reator nuclear
Segundo Baldy, a inauguração da planta vai muito além do crescimento econômico: “É feito com brasileiros, e feito para os brasileiros”.
A unidade baiana foi montada nas antigas instalações da Ford, sinalizando o compromisso da empresa em se consolidar no Brasil.
Fábrica de Camaçari é primeira da BYD fora da Ásia para carros de eio
A fábrica de Camaçari será a primeira da BYD fora da Ásia dedicada à produção de carros de eio, um marco que reforça a importância do mercado brasileiro para a montadora chinesa.
O investimento na Bahia faz parte de um plano estratégico maior, que prevê a implantação de três fábricas na região: uma para veículos de eio, outra para chassis de ônibus elétricos e uma terceira para o processamento de materiais essenciais, como lítio e ferro-fosfato, que são componentes fundamentais para baterias.
Embora a BYD ainda não tenha confirmado qual modelo será o primeiro a sair da linha de montagem, a expectativa gira em torno do BYD Dolphin Mini — veículo que já popularizou os carros elétricos no Brasil — e do híbrido BYD Song Pro, ambos reconhecidos pela marca e com alta demanda no mercado local.
O BYD Dolphin Mini foi o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2024, com mais de 20 mil unidades emplacadas, consolidando a empresa como líder absoluta no segmento.
Produção nacional promete reduzir preços e acelerar respostas ao mercado
A produção local deve gerar um efeito positivo imediato no preço dos veículos, pois permitirá reduzir custos logísticos e tributários, além de fortalecer a competitividade frente a outras montadoras que também têm investido pesado no Brasil.
Além disso, a fábrica em Camaçari dará à BYD agilidade para responder mais rapidamente às preferências e necessidades dos consumidores brasileiros, adaptando os produtos ao mercado local com mais eficiência.
Contexto: transformação no mercado automotivo brasileiro
A chegada da produção nacional da BYD acontece em um momento de profunda transformação no setor automotivo brasileiro.
Nos últimos anos, montadoras chinesas como GAC, Geely e GWM aceleraram seus planos para produzir veículos no país, trazendo inovação e maior oferta para o consumidor.
Com a expansão da BYD, o Brasil pode se tornar um dos polos mais importantes para a indústria de veículos elétricos na América Latina, atraindo investimentos e incentivando o desenvolvimento tecnológico local.
A planta baiana, construída sobre as bases deixadas pela Ford, simboliza também uma reestruturação do setor automobilístico no país, que busca se reinventar diante da transição para a mobilidade sustentável.
Impactos econômicos e tecnológicos da chegada da BYD
Segundo especialistas, o investimento da BYD no Brasil não apenas gera empregos diretos na fábrica, mas também impulsiona uma cadeia produtiva robusta, envolvendo fornecedores locais e setores ligados à tecnologia de baterias e componentes eletrônicos.
A expectativa do mercado é que, com a produção nacional, a BYD consiga ampliar ainda mais sua participação no mercado brasileiro, atualmente dominado por veículos movidos a combustíveis fósseis, e estimular uma mudança gradual no perfil dos consumidores.
A industrialização da BYD reforça a tendência global da eletrificação automotiva, que tem ganhado força acelerada nos últimos anos, impulsionada por metas ambientais e políticas públicas de incentivo aos veículos elétricos.
Enquanto isso, outras montadoras ainda buscam se adaptar a esse novo cenário, o que coloca a BYD em uma posição de destaque como pioneira no setor no país.
A empresa também planeja utilizar a unidade de Camaçari como base para expandir sua linha de produção e tecnologias, incluindo futuros lançamentos de veículos elétricos e híbridos que atendam às demandas específicas do consumidor brasileiro.
O futuro da mobilidade no Brasil a por investimentos como esse, que unem inovação tecnológica, sustentabilidade e desenvolvimento econômico local.
Você acredita que a chegada da produção nacional da BYD será um divisor de águas para o mercado de carros elétricos no Brasil? Como isso pode impactar sua escolha na hora de comprar um veículo?