BR Distribuidora, logo após a saída da Petrobras, afirma que está se preparando para entrar no mercado de energias renováveis e, de acordo com analistas, a saída da petroleira trará à BR uma nova jornada
Atualmente, uma empresa com o capital completamente pulverizado na Bolsa de Valores, após a Petrobras acabar de vender toda a sua participação, a BR Distribuidora se prepara para entrar no mercado de energias renováveis, segundo palavras do presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, que está na liderança da empresa desde março, após deixar a estatal Eletrobras.
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BR distribuidora será uma empresa de energias renováveis e combustíveis
De acordo com Ferreira, a BR Distribuidora será uma empresa não só de combustível. A companhia acaba de concluir a oferta de ações em que Petrobras vendeu uma parte de 37,5 % por R$ 11,4 bilhões.
Ainda de acordo com o executivo, ao longo do processo de saída da Petrobras, os investidores procuraram informações sobre os planos de curto prazo da empresa, onde estão inclusos a ampliação da logística de combustível e a expansão da fábrica de lubrificantes.
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Além disso, as reuniões que aconteceram durante duas semanas também trataram o posicionamento de longo prazo da empresa em relação à transição para as energias renováveis, mercado onde, segundo Ferreira, a BR distribuidora está à frente de seus concorrentes.
BR no mercado de distribuição
De acordo com o último boletim de abastecimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a BR Distribuidora tem uma participação de aproximadamente 23% no mercado de distribuição, um dos mais competitivos do Brasil.
Para Ferreira, apesar dos dados indicarem que as empresas estão disputando o primeiro lugar, a empresa possui hoje o menor custo do setor e baixo endividamento, estando preparada para ar o mercado caso haja necessidade.
No cenário de transição energética, o executivo afirma que a empresa deve estar bem posicionada em energia elétrica em primeiro lugar e, em GNL, em segundo lugar. A relação com a Petrobras que atualmente se resume à esfera comercial segue positiva, sendo a BR a maior compradora da Estatal.
A nova estratégia da BR Distribuidora
A BR contratou a consultoria BCG para ter um estudo sobre a companhia que Ferreira assumiu há poucos meses. O estudo ajudará na revisão estratégica e deverá ser concluído dentro de um mês e meio.
De acordo com o executivo, nesse processo há alguns pontos que precisam ser trabalhados de forma imediata, com o objetivo no ganho de eficiência. Um desses pontos que chama a atenção são as 1,2 mil lojas de conveniências da empresa, que atualmente não agregam nenhum ganho para a companhia que está em transição para as energias renováveis.
Segundo Ferreira, a virada de chave já está em andamento com a recente parceria firmada com as Lojas Americanas e a abertura de mais mil lojas. De acordo com os analistas do UBS, a BR começa um novo capítulo após o desinvestimento da Petrobras.