Entenda o contexto por trás de “Ainda Estou Aqui”, filme vencedor do Oscar que revive a história de Rubens Paiva e a Ditadura Militar!
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, tem conquistado reconhecimento internacional ao ser indicado a três categorias no Oscar 2025. A obra cinematográfica resgata a história do ex-deputado brasileiro Rubens Paiva, desaparecido durante a Ditadura Militar, e traz uma perspectiva emocionante sobre sua esposa, Eunice Paiva, que lutou incansavelmente por justiça.
O filme não apenas revive uma das páginas mais sombrias da história do Brasil, mas também levanta reflexões sobre o impacto do regime autoritário no país.
Uma narrativa focada na resistência
Diferente de muitas produções que exploram a repressão da ditadura militar com cenas de tortura e violência brutal, Ainda Estou Aqui escolhe uma abordagem mais intimista e emocional.
-
O carro que fracassou em vendas como popular e se tornou o foguete de bolso mais cobiçado
-
O carro com farol de Corsa que foi odiado pelo design e hoje é uma opção de usado barato e espaçoso
-
Garrafa com um número de telefone escrito viaja 8.000 quilômetros pelo oceano e é encontrada — decidiram ligar para ele
-
A placa de trânsito com circulo vermelho e traço diagonal preto que está confundindo motoristas – saiba o que ela significa no trânsito brasileiro
O filme se concentra na trajetória de Eunice Paiva, que, após o desaparecimento de seu marido, dedica sua vida a buscar respostas e enfrentar o regime.
Durante décadas, ela desafiou a censura, a impunidade e o silêncio imposto pelos militares.
A produção de Salles é uma homenagem à resiliência das famílias que sofreram perdas irreparáveis durante o período de 1964 a 1985.
Eunice não apenas resistiu, mas também se reinventou, tornando-se uma defensora dos direitos humanos e dos povos indígenas. Essa perspectiva humanizada transforma o filme em uma narrativa poderosa e necessária.
O contexto histórico da ditadura militar e o caso Rubens Paiva
A Ditadura Militar no Brasil teve início em 31 de março de 1964, quando as Forças Armadas depam o então presidente João Goulart sob a justificativa de conter uma suposta ameça comunista.
O regime, que durou 21 anos, foi marcado por censura, perseguições, prisões políticas e desaparecimentos forçados.
Embora o Brasil tenha tido um número menor de mortos e desaparecidos em comparação com outras ditaduras latino-americanas, a repressão foi intensa e deixou marcas profundas na sociedade.
Rubens Paiva foi um dos casos mais emblemáticos desse período. Ex-deputado federal, ele foi sequestrado por agentes do regime em janeiro de 1971 e nunca mais foi visto.
Sua família foi obrigada a conviver com a incerteza e o silêncio do Estado, que se recusava a itir o crime. A luta de Eunice Paiva para encontrar respostas e fazer justiça é o cerne da história contada no filme.
Por que a história ainda ressoa nos dias de hoje?
Mesmo com o fim da ditadura em 1985, a memória desse período ainda divide opiniões no Brasil.
Nos últimos anos, observa-se um crescimento de discursos que relativizam ou mesmo elogiam a atuação dos militares no poder.
Isso reforça a importância de filmes como Ainda Estou Aqui, que resgatam fatos históricos e dão voz às vítimas do regime.
Segundo especialistas, as novas gerações têm pouco conhecimento sobre os horrores cometidos pelo Estado durante esse período.
“Os jovens brasileiros não sabem nada sobre o período militar, exceto o que leem nos livros e ouvem dos mais velhos”, afirma Octavio Amorim Neto, estudioso de história militar.
Nesse sentido, o cinema torna-se uma ferramenta essencial para manter viva a memória coletiva e evitar que erros do ado sejam repetidos.
O impacto de Ainda Estou Aqui no cinema nacional e internacional
A recepção do filme tem sido extremamente positiva tanto no Brasil quanto no exterior.
Além de ser um dos cinco filmes de maior bilheteria no país, a produção também bateu recordes internacionais, tornando-se o filme brasileiro de maior arrecadação fora do país nos últimos 22 anos.
No Oscar 2025, Ainda Estou Aqui concorre em três categorias, consolidando-se como uma das produções mais importantes do cinema nacional na última década.
Para Walter Salles, contar essa história em um momento de polarização política no Brasil é fundamental.
“O filme é um lembrete de que a verdade histórica não pode ser apagada, e que o Brasil precisa encarar seu ado para construir um futuro mais justo”, declarou o diretor em uma entrevista recente.
Rubens Paiva o Mártir que Matou muita gente
por Braulio Flores
Pouca coisa pode ser mais hedionda do que a Tortura. A tortura é a máxima expressão da Patifaria, da Vilânia, da Covardia. Costumo dizer que o **** não tem alma. É um ser que perde sua centelha divina.
O caso Rubens Paiva (que só andava armado ) voltou a mídia através do laureado filme “Ainda estou aqui”. Mas quem era esse personagem, cujo o filme retrata um mártir, um Tiradentes moderno que morreu pela nossa Liberdade. Nada mais falso. O deputado Rubens Paiva, eleito pelo MDB, na verdade era um militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro), Paiva além de político, era engenheiro de formação, e por ter uma empresa, que possuía fluxo de caixa rotativo, foi designado como “lavador de dinheiro” do Partido Comunista.
Para quem não sabe, o PCB era na verdade um partido subsidiado, ou seja uma filial, do Partido Comunista da União Soviética (PCUSS). Essa agremiação recebia dinheiro de Moscou, via Montevideu, na época o Uruguai era um dos poucos paraísos fiscais por onde entrava dinheiro clandestino na América do Sul. A bem da verdade, a URSS nunca financiou diretamente a luta armada no continente. No final dos anos 1950, Nikita Kruschev, líder soviético e o presidente americano Eisenhower haviam feito um acordo em que a União Soviética não promoveria ações clandestinas, leia-se guerrilhas e rebeliões no Ocidente, em contrapartida os Estados Unidos fariam o mesmo nas áreas de influência dos soviéticos. Por esse motivo o PCB fora proibido por Moscou a participar, promover ou financiar a Luta Armada no Brasil.
Mas entre 1965 e 1973, existiram no nosso país trinta e três (33) grupos guerrilheiros que foram à luta para combater o Regime Militar. Eles promoveram uma série de ataques a instalações militares, atentados terroristas, explosões em aeroportos, sequestro de diplomatas, sequestro de aviões, que foram desviados para Cuba. Eles mataram diversos trabalhadores em filas de banco, entre outras ações de guerrilha urbana. Formaram grupos de guerrilha rural, no Araguaia (FOGUERA) do PCdoB (Partido Comunista do Brasil, uma dissidência do PCB financiado pela China) e no Vale do Ribeira, a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) de Carlos Lamarca. E foi justamente com a VPR, que Rubens Paiva se envolveu. Como lavador de dinheiro do Partido Comunista Brasileiro, Paiva ou “a financiar” as ações da VPR, uma das mais ousadas e terríveis organizações de esquerda.
A Vanguarda Popular Revolucionária foi responsável por atentados, explosão no consulado americano em São Paulo, assassinatos, ataques a sedes da PMSP, assaltos com morte a bancos entre outros atos. A VPR tinha como base, um sítio de Paiva na região de Juquitiba, uma área de floresta fechada, no sul do Estado de São Paulo. Juquitiba é um lugar isolado. Um resto de Mata Atlântica que ainda existe no Brasil. Região de lagoas, de pequenas propriedades, onde a vida selvagem coabita. Nessas matas é possível encontrar sucuris, cervos e onças. Um paraíso ecológico muito perto da BR-116, um local perfeito para se montar um grupo guerrilheiro.
As ações de Lamarca chamaram a atenção das autoridades e logo o Exército e a Polícia Militar começaram a fazer buscas na região. Apavorado com a chegada dos militares, Rubens Paiva pediu que Lamarca deixasse o sítio, o que enfureceu o guerrilheiro. Na discussão o terrorista ameaçou Rubens Paiva de morte. O que Paiva argumentou; “… se Moscou descobrir que eu desvio dinheiro, para financiar tuas ações, nós dois seremos homens mortos, se não pelas autoridades brasileiras, pela justiça soviética.” Indignado Lamarca deixou o refúgio, se embretou na selva, deu combate à tropa da Polícia Militar, justiçou (matou) o tenente PM Alberto MENDES Junior. O Diógenes do Jogo do Bicho (militante ****) também participou do crime.
Mas além da luta no campo, outro braço da VPR sequestrava aviões, eles desviavam aeronaves que faziam voos de longa distância, geralmente do nordeste para São Paulo. Logo depois de decolar, os terroristas anunciavam o sequestro e desviavam o voo para Cuba, a fim de exigir do governo a troca dos ageiros por prisioneiros políticos. Dezenas de aviões foram alvos da VPR. E foi por esse motivo que o CISA (Centro de Inteligência e Segurança da Aeronáutica) prendeu Rubens Paiva.
Sim ele foi detido em casa. Sim ele foi preso e torturado. Provavelmente morreu na prisão. Seu corpo jamais foi encontrado. Uma vilania, um sofrimento sem fim para a família. Mas longe do mártir que o filme tenta criar. Rubens Paiva foi um agente comunista que financiou o terror. O pior do Comunismo não é o Estado Totalitário, o cerceamento de direitos, o fim das individualidades, o controle estatal do modo de vida. O pior do Comunismo é ser um Regime Antropófago que para se manter precisa “matar, matar, matar e matar” por diversas gerações até que ele se sobreponha aos direitos individuais, se transformando no espírito coletivo. Era o que teria acontecido ao Brasil, se a turma do Rubens Paiva tivesse vencido a guerra. Tão hedionda quanto a Tortura é a Mentira Coletiva que tenta mudar a História construindo falsos heróis. Criando mártires para promover uma narrativa falsa e perigosa.
Boato…fake news. Pesquise antes de espalhar mentiras