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A misteriosa história de um navio mercante abandonado que foi descoberto flutuando no Atlântico em 1872 — Sua tripulação desapareceu

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 13/12/2024 às 13:35
navio
Foto: Reprodução

Um navio mercante foi encontrado à deriva no Atlântico em 1872 sem nenhum sinal de sua tripulação. A história permanece um dos maiores mistérios da navegação marítima.

No dia 4 de dezembro de 1872, um mistério começou a se formar no Atlântico. Marinheiros de um bergantim canadense (tipo de embarcação utilizada para diversas finalidades) avistaram à distância o navio Mary Celeste, aparentemente à deriva, cerca de 400 milhas (aprox. 644 km) a leste dos Açores.

O que parecia ser um navio navegável e bem abastecido estava completamente vazio. Não havia ninguém a bordo. Nem capitão, nem tripulantes, nem ageiros. Apenas o navio e o silêncio do oceano.

Esse evento deu início a um dos maiores enigmas da história marítima. “O que aconteceu com as dez pessoas que estavam a bordo do Mary Celeste?” é uma pergunta que ecoa até hoje entre os estudiosos de mistérios náuticos.

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A jornada do navio que entrou para a história

Originalmente chamado de Amazon, o navio foi construído em 1861 na Nova Escócia. Inicialmente, levava uma vida comum, transportando cargas pelo Atlântico, entre as Índias Ocidentais, Inglaterra e o Mediterrâneo.

Mas, após alguns contratempos e até mesmo um naufrágio em Cape Breton, ele foi comprado por Richard W. Haines, um empresário americano, que o restaurou e rebatizou como Mary Celeste.

No outono de 1872, o navio foi carregado com 1.701 barris de álcool industrial, com destino a Gênova, na Itália.

Benjamin Spooner Briggs, o capitão do Mary Celeste, partiu de Nova York acompanhado de sua esposa, sua filha de apenas dois anos e sete tripulantes.

A bordo, enfrentaram mares tempestuosos, mas o diário de bordo foi preenchido pela última vez em 25 de novembro daquele ano. A partir daí, o silêncio.

O encontro do navio abandonado

Foi somente nove dias depois que o Dei Gratia encontrou o Mary Celeste. O capitão David Morehouse, intrigado, decidiu investigar.

O navio estava em ótimas condições para navegar, com sua carga intacta. Contudo, o bote salva-vidas havia desaparecido, e a tripulação parecia ter abandonado o navio em circunstâncias desconhecidas.

Morehouse levou o navio até Gibraltar e relatou o ocorrido às autoridades locais. De lá, enviou um telegrama para a seguradora Atlantic Mutual Insurance Company, descrevendo o estado do Mary Celeste.

O mistério tomou conta da imprensa americana. Especulava-se sobre motins, pirataria ou até mesmo o envolvimento do álcool transportado.

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Teorias e mistérios

Nunca mais se ouviu falar da tripulação do Mary Celeste.

Em Gibraltar, as investigações descartaram qualquer ato ilícito, mas isso não acalmou as mentes curiosas. Jornalistas e escritores começaram a criar versões cada vez mais elaboradas para explicar o mistério.

O renomado escritor Arthur Conan Doyle chegou a escrever uma história fictícia chamada “A Declaração de J. Habakuk Jephson“, sugerindo que a tripulação foi atacada por um grupo africano. Embora criativa, a teoria carecia de qualquer evidência concreta.

Décadas depois, novas investigações apontaram hipóteses mais plausíveis.

Um documentário do Smithsonian sugeriu que o capitão Briggs teria ordenado a evacuação do navio devido a problemas nas bombas de água, que estariam obstruídas por resíduos de carvão de uma viagem anterior.

Ele pode ter acreditado que o Mary Celeste estava prestes a afundar, mas a evacuação precipitada teria levado à tragédia.

Um enigma que nunca será resolvido

Com o ar dos anos, as histórias sobre o Mary Celeste se misturaram à ficção e ao folclore. Apesar das inúmeras teorias, a ausência de sobreviventes ou provas concretas mantém o mistério vivo.

O Mary Celeste permanece como um símbolo de intriga e imaginação, navegando em um mar de perguntas sem resposta.

Assim como os ventos que o carregaram à deriva, o mistério de sua tripulação desaparecida continuará a soprar entre as páginas da história.

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CECCONI
CECCONI
27/12/2024 02:24

Foram abduzidos….

Aluizio Ubirajara Pereira
Aluizio Ubirajara Pereira
16/12/2024 09:06

Publique a versão completa do relatório de bordo,por favor.

Paulo Ferreira de Souza
Paulo Ferreira de Souza
16/12/2024 02:32

Falar o quê se até nas cidades acontecem coisas, como cães
e gatos somem mesmo com suas vasilhas cheias de guloseimas nas casas de seus tutores.
😁😁😁😁😁😁😁😁

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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