Ferramentas de inteligência artificial prometem pacotes econômicos e personalizados em segundos. Contudo, agências de turismo tradicionais alertam para a falta de e e possíveis “pegadinhas” no planejamento de suas viagens.
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o planejamento de viagens, oferecendo roteiros customizados e economia. Plataformas criam itinerários em instantes, prometendo baratear pacotes. No entanto, agências tradicionais alertam: a aparente facilidade pode esconder armadilhas, como informações imprecisas e ausência de e em imprevistos. Entender os dois lados dessa moeda é crucial para o viajante moderno.
A revolução da IA no planejamento de suas viagens
O setor de turismo vive uma profunda transformação impulsionada pela Inteligência Artificial. A IA deixou de ser uma tecnologia de nicho. Tornou-se um componente fundamental em toda a jornada do viajante. Isso vai desde a inspiração inicial até as experiências no destino. O advento da IA generativa, capaz de criar conteúdo sofisticado, acelerou essa integração. Ferramentas de planejamento tornaram-se mais íveis e intuitivas para organizar as viagens.
Roteiros personalizados e mais econômicos
Uma das grandes promessas da IA é a personalização avançada de roteiros. Algoritmos analisam preferências, orçamento e tempo para sugerir destinos e criar itinerários customizados. Ferramentas como TripIt e Sygic Travel montam roteiros detalhados, eliminando horas de pesquisa manual. Plataformas como askLAYLA aprendem com interações para oferecer sugestões sob medida.
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Além da personalização, a IA otimiza a logística e os custos das viagens. Aplicativos como Hopper, Skyscanner, Kayak e Booking.com usam IA para monitorar preços. Eles sugerem o melhor momento para comprar agens e reservar hotéis. A Paytrack, por exemplo, analisa o mercado de agens aéreas, podendo gerar economias significativas. Esses ganhos de eficiência, conveniência e economia são atrativos para os viajantes. No Brasil, 66% dos viajantes pretendem usar IA para organizar suas próximas viagens, segundo estudo da Booking.com.
“Pegadinhas” da IA: Os alertas das agências de viagens tradicionais
Apesar do entusiasmo, agências de viagens tradicionais e especialistas apontam riscos. A confiabilidade da informação é um desafio. Modelos de IA podem gerar “alucinações”, ou seja, respostas incorretas. A jornalista Nathalia Molina recomenda sempre verificar as informações fornecidas por robôs. Um estudo britânico citado pelo Sainsbury’s Bank revelou que um em cada três usuários de IA encontrou informações incorretas.
Outra preocupação é a autenticidade. Uma pesquisa da Icelandair mostrou que 78% dos consumidores se preocupam com avaliações falsas geradas por IA. A dependência de IA pode levar à perda de autonomia do viajante. O crítico Élvio Camacho alerta para uma “previsibilidade personalizada”. A IA pode direcionar viajantes para o que é “trending”, minimizando a descoberta de “joias escondidas”, como observa a Tour Plan International. Isso pode resultar em uma “autenticidade simulada”, com experiências de viagens formatadas para consumo global.
Falta de e? O desafio do atendimento ao cliente na era da IA
A IA, por mais avançada, não replica a inteligência emocional humana. Ela pode não compreender nuances de uma viagem especial ou necessidades dietéticas específicas. Essa falta de empatia é uma limitação. Em situações complexas ou de crise, o toque humano é insubstituível. A Volt Travclan destaca que cancelamentos e imprevistos complexos exigem a gestão de agentes humanos.
A pesquisa do Sainsbury’s Bank mostrou que um terço dos viajantes, mesmo usando IA, preferiria e humano. As políticas de e das plataformas de IA de roteiros de viagens também podem ser uma “pegadinha”. No caso das “Hacker Fares” do Kayak, por exemplo, o viajante lida com regras de diferentes companhias. Isso pode fragmentar a responsabilidade em caso de problemas. A Expedia isenta-se de responsabilidade por perdas devido ao uso de conteúdo gerado por IA.
Equilibrando tecnologia e experiência humana
O futuro das viagens com IA parece caminhar para uma integração ainda maior. Contudo, o viajante precisa desenvolver “literacia algorítmica”, como sugere Élvio Camacho. É essencial entender como as plataformas usam dados e geram recomendações. Isso permite manter o controle sobre as próprias escolhas.
As agências de viagens tradicionais também evoluem. Elas focam em conhecimento especializado, curadoria e e personalizado. O modelo híbrido, combinando a eficiência da IA com a empatia e expertise humana, surge como o caminho mais provável. A IA pode liberar agentes de tarefas rotineiras. Assim, eles se dedicam ao relacionamento com o cliente e à resolução de problemas complexos. O equilíbrio entre inovação tecnológica e a valorização da experiência humana definirá o sucesso das futuras viagens.