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Xiaomi, Google, Sony e mais: as empresas que começaram com smartphones e agora fabricam carros que desafiam Toyota, Volkswagen, BYD e outras

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/06/2025 às 17:09
Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD.
Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD.

Empresas como Xiaomi, Sony e Google estão ultraando as barreiras da tecnologia tradicional e entrando no setor automotivo com projetos ambiciosos, veículos elétricos de alta performance e sistemas autônomos que prometem mudar o cenário da mobilidade global.

Empresas originalmente ligadas ao setor de tecnologia estão expandindo sua atuação para a indústria automotiva.

Esse movimento ocorre em paralelo à ascensão dos carros elétricos e ao avanço de tecnologias de direção autônoma.

Marcas como Xiaomi, Google, Sony e outras já desenvolveram ou anunciaram modelos próprios, colocando-se como concorrentes diretas de fabricantes tradicionais, como Toyota, Volkswagen e BYD.

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Xiaomi aposta em carros esportivos íveis

Conhecida por seus smartphones e dispositivos eletrônicos, a Xiaomi ou a investir também em veículos elétricos.

O modelo SU7, primeiro da marca, foi lançado com quatro versões: SU7, SU7 Pro, SU7 Max e SU7 Ultra.

A versão mais potente oferece 1.547 cavalos de potência, e alcançou destaque ao estabelecer recordes na pista de Nürburgring, na Alemanha.

Os preços do SU7 começam em cerca de R$ 659 mil, conforme conversão direta do yuan para o real.

Por comparação, o esportivo Porsche Taycan parte de um valor superior a R$ 700 mil.

A estratégia da Xiaomi é oferecer desempenho de alto nível por preços mais competitivos.

Em julho de 2025, a empresa lançará seu segundo modelo, o YU7, um SUV elétrico com mais de 700 cv.

A expansão internacional da divisão automotiva é parte dos planos da companhia para competir globalmente.

Visual agressivo e futurista agrada o público (Imagem: Xiaomi/Divulgação)
Visual agressivo e futurista agrada o público (Imagem: Xiaomi/Divulgação)

Google avança com robotáxis nos Estados Unidos

Por meio da subsidiária Waymo, a Alphabet (empresa controladora do Google) desenvolve sistemas de condução autônoma.

A tecnologia já é aplicada em robotáxis que operam em cidades como Los Angeles, Phoenix e São Francisco.

Esses veículos utilizam sensores, radares e sistemas baseados em inteligência artificial para realizar o transporte sem intervenção humana.

A Waymo firmou uma parceria com a fabricante chinesa Zeekr para aprimorar seus sistemas.

A iniciativa visa expandir o alcance de soluções autônomas de mobilidade urbana e consolidar o uso comercial desses serviços em diferentes regiões.

Sony e Honda criam t venture para veículos inteligentes

Em 2022, a Sony e a Honda uniram esforços e fundaram a empresa Sony Honda Mobility, voltada ao desenvolvimento de carros elétricos inteligentes.

A t venture resultou na criação da marca Afeela, que deve lançar seus primeiros veículos em 2026.

O modelo inicial, ainda em fase conceitual, é o Vision-S, um sedã elétrico de grande porte com design futurista.

O carro contará com aproximadamente 45 câmeras e sensores e oferecerá autonomia de direção de nível 3, permitindo que o veículo opere de forma independente em determinadas situações, embora ainda exija supervisão humana.

Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD. Imagem: Sony Honda Mobility)
Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD. Imagem: Sony Honda Mobility)

Apple cancela seu projeto automotivo após dez anos

Em 2014, a Apple iniciou o desenvolvimento do Projeto Titan, que visava criar um veículo elétrico autônomo.

O plano incluía uma colaboração com a Volkswagen, mas foi descontinuado em 2024.

Após uma década de tentativas, a empresa optou por realocar recursos para outras áreas e desligou cerca de 600 funcionários envolvidos na iniciativa.

Embora não produza automóveis, a Apple continua presente no setor por meio do Apple CarPlay, sistema de conectividade que integra seus dispositivos ao de veículos de diversas marcas.

Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD. (Imagem: Reprodução/Loopit)
Xiaomi, Google e Sony deixam os celulares para trás e entram de vez na corrida dos carros elétricos, desafiando Toyota, Volkswagen e BYD. (Imagem: Reprodução/Loopit)

Outras empresas também apostam na mobilidade elétrica

A Baidu, uma das maiores empresas de internet da China, desenvolve plataformas de condução automatizada por meio do projeto Apollo.

Já a Huawei, conhecida por atuar em telecomunicações, investe em sistemas embarcados e conectividade 5G para automóveis, em parceria com montadoras locais, como a Chery.

Nos Estados Unidos, a Amazon participa diretamente do setor com investimentos na startup Rivian, fabricante de SUVs e picapes elétricas.

Além disso, a empresa já utiliza veículos da Rivian em sua frota de entregas com emissão zero, ampliando sua presença na mobilidade elétrica e na logística sustentável.

Tecnologia redefine o futuro da indústria automotiva

A entrada de empresas de tecnologia no setor automotivo está transformando os veículos em plataformas digitais sobre rodas.

Com a integração de software, dados em nuvem, atualizações remotas e assistentes virtuais, os carros am a oferecer não apenas mobilidade, mas também experiências conectadas e serviços integrados.

Além disso, a tendência de mobilidade como serviço — com modelos por , carros compartilhados e robotáxis — tem alterado o comportamento do consumidor e exigido adaptação das montadoras tradicionais.

Produção em escala e certificações ainda são obstáculos

Apesar dos avanços, empresas de tecnologia enfrentam desafios como a escalabilidade da produção, os altos custos industriais, as certificações regulatórias e a infraestrutura de distribuição global.

Montadoras tradicionais, com décadas de experiência em engenharia e segurança, ainda dominam esses processos.

Superar essas barreiras exigirá alianças estratégicas, investimentos robustos e a criação de redes próprias de pós-venda, logística e manutenção.

Diante dessas movimentações, será que as gigantes da tecnologia conseguirão consolidar espaço em um setor historicamente dominado por montadoras centenárias?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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